O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), se manifestou, na manhã desta sexta-feira (05), sobre a operação da Polícia Federal que cumpriu mandados em órgãos da gestão municipal, a exemplo da Secretaria de Saúde, Secretaria de Direitos Humanos e Emlur.

A investigação apura a influência política do crime organizado. Segundo a PF, um detento do sistema prisional estaria sendo a ponte para a liberação de servidores públicos em áreas controladas pelo tráfico de drogas em troca de cargos públicos.

“A Polícia Federal cumpre esse papel, que considero importante. Temos mais de 27 mil servidores e desde o ano passado estamos pedindo, por exemplo, a certidão negativa dos servidores. Espero que a Polícia possa apurar e os responsáveis sejam responsabilizados”, frisou.

Dentre os alvos de busca e apreensão de hoje, está a secretária-executiva de Saúde, Janine Lucena, filha do prefeito. De acordo com Cícero, a ação contra ela teria se baseado num telefonema que ela recebeu de dentro do presídio.

“Pelo que eu soube, [a busca e apreensão] foi em função de ela ter recebido uma ligação do presídio para o telefone dela. Ela é uma mulher pública, que qualquer pessoa pode ligar. Se você ligar, ela lhe atende. Mais do que isso não existe nada”, disse o prefeito.

 

A operação 

A Operação Mandare cumpriu 18 mandados judiciais, sendo sete de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão nas Secretarias de Saúde, Direitos Humanos e Cidadania e na Autarquia de Limpeza Urbana de João Pessoa. Também foram realizados bloqueios em contas bancárias. Cerca de 44 policiais federais e 40 policiais militares participam das diligências.

A Prefeitura de João Pessoa (PMJP) informou que determinou a instauração de procedimento administrativo para apurar a responsabilidade dos servidores citados na investigação. Por meio de nota, a gestão municipal  informou que “condena veementemente qualquer tipo de ato ilícito”.

MaisPB

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